Sua Clínica Fatura Alto, Mas o Lucro Não Acompanha? Descubra Onde Está o Problema e Como Corrigir
- Admin

- 9 de out.
- 4 min de leitura

Se sua clínica médica ou odontológica já superou os R$ 100 mil de faturamento mensal, mas o lucro continua apertado, este artigo vai te mostrar os gargalos ocultos, os erros estratégicos e as soluções práticas para transformar faturamento em rentabilidade real.
Introdução: Crescer sem lucrar é mais comum do que parece
Muitas clínicas chegam ao patamar de faturamento alto — R$ 100 mil, R$ 150 mil ou até mais — e ainda assim o dono se sente no sufoco. O caixa aperta, o dinheiro nunca sobra, e a sensação é de estar sempre correndo atrás. Quando o empreendedor olha para os números, a conta não fecha.
Afinal, se entra tanto dinheiro todo mês, por que o lucro continua baixo?
Este artigo foi escrito para empresários da saúde que já têm uma operação madura, mas não conseguem transformar faturamento em rentabilidade. Você vai entender onde estão os principais erros, como fazer um diagnóstico financeiro e o que precisa mudar na sua gestão para sair do ciclo da ilusão do crescimento sem lucro.
1. Faturamento alto não garante lucro: entenda a diferença
O faturamento bruto é o total de receitas geradas pela clínica. Já o lucro líquido é o que sobra depois de pagar todas as despesas: custos fixos, variáveis, impostos, encargos, repasses e investimentos.É perfeitamente possível (e comum) que uma clínica com faturamento elevado tenha margens apertadas ou até prejuízo. Isso ocorre por uma combinação de fatores como má precificação, custos ocultos, estrutura inchada e decisões mal embasadas.
Exemplo prático:
Uma clínica médica com faturamento de R$ 180 mil/mês, após análise detalhada, descobriu que o lucro líquido era de apenas R$ 8 mil. O principal problema? Gastos excessivos com folha, convênios mal negociados e ausência de controle por especialidade.
2. Onde está o dinheiro da sua clínica? Principais gargalos ocultos
A) Custos invisíveis
Despesas que não são vistas no dia a dia, mas corroem a margem: retrabalho, estoque mal gerido, insumos vencidos, desperdício de tempo da equipe.
B) Precificação inadequada
Cobrar menos do que deveria por procedimentos, aceitar todos os convênios sem avaliar a margem ou não reajustar preços regularmente são erros graves.
C) Alto custo fixo com baixa produtividade
Folha salarial desproporcional à capacidade de atendimento. Consultórios ociosos, equipes mal distribuídas e excesso de pessoal administrativo são pontos comuns.
D) Repasses mal estruturados
Modelos de comissionamento que premiam produção, mas não consideram lucratividade. O resultado é o repasse de parte da receita mesmo quando o serviço gera prejuízo.
E) Falta de visão por centro de custo
A clínica opera como um grande bloco, sem entender quais especialidades, serviços ou profissionais são mais lucrativos — ou deficitários.
3. Como diagnosticar a verdadeira saúde financeira da sua clínica
1. Monte um DRE Gerencial
Crie um Demonstrativo de Resultados do Exercício detalhado por mês. Ele deve mostrar:
Receita total e por tipo de serviço
Custos variáveis (insumos, repasses)
Custos fixos (aluguel, folha, software)
Margem bruta e líquida
Comparação com meses anteriores
2. Analise o ponto de equilíbrio
Quanto sua clínica precisa faturar para começar a gerar lucro? Se você não sabe essa resposta, está navegando às cegas.
3. Meça a margem de contribuição
Descubra quanto cada serviço, plano de saúde ou especialidade contribui para o lucro. Sem isso, pode estar investindo energia onde não vale a pena.
Dica prática:
Use uma planilha simples para registrar mensalmente os dados financeiros da clínica. Com apenas três meses de histórico, você já terá clareza suficiente para tomar decisões melhores.
4. Estratégias práticas para transformar faturamento em lucro
Reestruture a precificação
Analise todos os serviços. Atualize valores, renegocie convênios ou elimine os que dão prejuízo. Avalie pacotes e modelos de assinatura para pacientes particulares.
Reduza desperdícios sem perder qualidade
Corte gastos com base em dados, não por “achismo”. Revise contratos, renegocie com fornecedores, adote protocolos operacionais para evitar retrabalho.
Implemente um controle de caixa diário
Evite a ilusão de que “tem dinheiro no banco”. Controle os saldos futuros, entradas esperadas e despesas fixas dos próximos 30 dias.
Avalie a produtividade por sala e por equipe
Quantas horas por dia sua estrutura está realmente sendo usada? Otimize escalas e incentive o uso máximo dos recursos existentes antes de pensar em expandir.
Treine a equipe para pensar em rentabilidade
Inclua os colaboradores na cultura de resultado. Mostre números (adaptados) e crie metas com base na lucratividade — não só no volume de atendimentos.
5. Quando é hora de fazer uma auditoria financeira completa
Se sua clínica já tem faturamento alto, mas você não sabe:
Seu lucro real
Quanto cada especialidade entrega de retorno
Quais despesas poderiam ser eliminadas
Como crescer com segurança
...então é hora de considerar uma auditoria financeira estratégica.
Esse processo, conduzido por uma consultoria especializada, revisa tudo: DRE, fluxo de caixa, precificação, indicadores, repasses, impostos, contratos e projeções. O resultado é um plano claro de ação para estancar perdas e aumentar a rentabilidade com segurança.
Conclusão: Faturar bem não basta — o que importa é quanto sobra
Gerir uma clínica é como gerir uma empresa. Se o faturamento cresce, mas o lucro não acompanha, você está girando em falso. Profissionalizar a gestão financeira e tomar decisões baseadas em dados é o caminho para transformar um bom negócio em um negócio rentável e sustentável.
Não confunda faturamento com sucesso. O verdadeiro sucesso está na previsibilidade, na tranquilidade de caixa e na liberdade para crescer com segurança.
Para mais informações sobre nosso trabalho e como podemos ajudar sua clínica ou consultório, entre em contato!
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