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Clínica Médica: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real?

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  • há 16 horas
  • 4 min de leitura

Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real?
Clínica Médica: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Real?

Entenda como escolher o regime tributário ideal impacta diretamente a viabilidade financeira da sua clínica médica desde a abertura.


A escolha do regime tributário ideal está entre as decisões mais importantes na hora de abrir uma clínica médica. Essa escolha não apenas influencia o valor dos impostos pagos, mas também afeta o fluxo de caixa, a rentabilidade do negócio e até mesmo a sua estratégia de crescimento.


Empreendedores da saúde muitas vezes escolhem o regime com base no que ouviram de colegas ou por recomendação genérica, sem considerar o impacto real na projeção financeira do seu modelo de negócio. Neste artigo, vamos explicar, com clareza e exemplos, as diferenças entre Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, e como cada um influencia a viabilidade da sua clínica.


1. Simples Nacional: A Parada Inicial para Pequenas Clínicas


O Simples Nacional é um regime unificado e simplificado, voltado para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. As clínicas médicas podem optar por ele, desde que atendam aos requisitos legais.


A alíquota varia conforme o Anexo III ou V, e depende do fator "r" — um cálculo que considera a proporção da folha de pagamento sobre o faturamento bruto.

  • Fator R acima de 28%: alíquota inicial de 6% no Anexo III (menor carga tributária)

  • Fator R abaixo de 28%: alíquota inicial de 15,5% no Anexo V (maior carga)

Dica prática: Simule o impacto do fator "r" em sua clínica antes de optar pelo Simples. Uma boa estratégia de contratação pode reduzir significativamente sua carga tributária.

2. Lucro Presumido: Uma Alternativa Viável para Clínicas Médias


O Lucro Presumido é um regime indicado para empresas com faturamento de até R$ 78 milhões ao ano, que não se enquadram ou não se beneficiam do Simples. Nesse modelo, a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é presumida, ou seja, o governo define um percentual sobre a receita, que varia conforme a atividade.


Para clínicas médicas:

  • Presunção de 32% sobre o faturamento

  • Carga tributária total costuma girar em torno de 13,33% a 16,33% (considerando IRPJ, CSLL, PIS, Cofins e ISS)


Esse modelo costuma ser vantajoso para clínicas que têm baixa folha de pagamento e despesas operacionais controladas, pois a tributação independe do lucro real.


Dica prática: Se sua clínica tem margens elevadas e folha de pagamento enxuta, o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso que o Simples Nacional, especialmente se você não se enquadrar no Anexo III.

3. Lucro Real: Para Clínicas com Alta Receita e Controle Total dos Custos


O Lucro Real é obrigatório para empresas com receita superior a R$ 78 milhões e facultativo para outras. Nesse modelo, a base de cálculo dos impostos é o lucro líquido real da empresa, ou seja, aquilo que sobra após todas as despesas comprovadas.


É mais complexo, exige escrituração contábil rigorosa e entrega de obrigações acessórias específicas, mas pode ser vantajoso para clínicas com:

  • Margens apertadas

  • Alto volume de despesas dedutíveis

  • Necessidade de planejamento tributário mais sofisticado

Dica prática: Se sua clínica investe muito em estrutura, tem custos elevados ou margens pequenas, o Lucro Real pode gerar economia tributária ao reduzir a base de cálculo.

4. Impacto do Regime Tributário na Viabilidade da Clínica


A escolha do regime tributário afeta diretamente os resultados da clínica. Um regime mal escolhido pode aumentar a carga tributária em até 10% do faturamento, comprometendo a rentabilidade e o retorno sobre o investimento.


Vamos a um exemplo prático:

Exemplo prático: Uma clínica com faturamento mensal de R$ 100 mil pode pagar R$ 6 mil de tributos no Simples (Anexo III), R$ 13,5 mil no Anexo V, R$ 13 mil no Lucro Presumido e, dependendo da apuração de despesas, até menos que isso no Lucro Real.
Dica prática: Não escolha o regime apenas com base em alíquota. Faça uma simulação comparativa de todos os regimes considerando faturamento, folha, despesas dedutíveis e crescimento projetado.

5. Planejamento Tributário: Etapa Essencial no Estudo de Viabilidade


O planejamento tributário deve estar integrado ao estudo de viabilidade da clínica. É ele quem permite prever com segurança o impacto dos tributos nas receitas e margens operacionais, além de orientar sobre o momento ideal de trocar de regime conforme a clínica cresce.


Além disso, o planejamento pode incluir:

  • Distribuição de lucros isenta de imposto

  • Formação de pró-labore compatível

  • Reorganização societária

  • Uso de créditos tributários (especialmente no Lucro Real)

Dica prática: Considere contratar um contador especialista no setor de saúde para montar cenários comparativos e traçar o melhor plano tributário para sua clínica.

Conclusão


A escolha entre Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real vai muito além de um detalhe burocrático: é uma decisão estratégica que pode determinar a viabilidade financeira da sua clínica médica. Entender o impacto tributário de cada regime é essencial para garantir lucratividade, crescimento sustentável e segurança fiscal.


Planejar corretamente é o primeiro passo para transformar uma boa ideia de clínica em um negócio rentável e duradouro. E, nesse caminho, o regime tributário certo pode ser o seu melhor aliado.


Para mais informações sobre nosso trabalho e como podemos ajudar sua clínica ou consultório, entre em contato!



Senior Consultoria em Gestão e Marketing

Referência em gestão de empresas do setor de saúde

+55 11 3254-7451



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