Planejamento Tributário para Clínicas Médicas e Odontológicas Recém-Abertas
- Admin
- 25 de ago.
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Como reduzir custos, evitar problemas fiscais e aumentar a rentabilidade desde o início da sua clínica
Introdução
Abrir uma clínica médica ou odontológica é o sonho de muitos profissionais da saúde, mas junto com a realização vem uma série de desafios administrativos. Um dos mais importantes — e muitas vezes negligenciado — é o planejamento tributário. Escolher o regime de tributação adequado e organizar as obrigações fiscais pode significar a diferença entre um negócio lucrativo e um consultório constantemente endividado.
Segundo dados do Sebrae (2023), cerca de 48% das pequenas empresas brasileiras fecham nos primeiros 3 anos, e a má gestão tributária é um dos principais fatores que contribuem para esse índice. Clínicas recém-abertas, em especial, precisam compreender que pagar mais impostos do que o necessário não é apenas desperdício: é comprometer a capacidade de reinvestimento e crescimento do negócio.
Neste artigo, você vai entender como o planejamento tributário pode ajudar médicos e dentistas a evitar armadilhas comuns, quais regimes fiscais são mais vantajosos para clínicas em início de operação e de que forma a organização financeira garante mais segurança e competitividade.
1. Por que o planejamento tributário é indispensável para clínicas recém-abertas
O primeiro desafio enfrentado por médicos e dentistas que abrem uma clínica é lidar com a complexidade do sistema tributário brasileiro. Existem diferentes formas de tributação — como o Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real — e cada uma traz impactos distintos sobre a carga de impostos.
Um erro muito comum é iniciar as atividades no regime inadequado. Por exemplo: clínicas com faturamento anual menor que R$ 4,8 milhões geralmente se beneficiam do Simples Nacional, que simplifica o pagamento de tributos em uma única guia. Porém, dependendo da especialidade e da margem de lucro, pode ser mais vantajoso migrar para o Lucro Presumido. Um estudo do Conselho Federal de Contabilidade (2022) aponta que a escolha correta do regime tributário pode reduzir em até 22% os custos fiscais de clínicas de pequeno porte.
Sem um planejamento adequado, o risco é pagar impostos acima do necessário ou, pior, enfrentar multas e autuações por descumprimento das regras. Por isso, mesmo no início, contar com apoio de um contador especializado em saúde é essencial para garantir conformidade e eficiência financeira.
2. Principais estratégias de planejamento tributário para clínicas médicas e odontológicas
O planejamento tributário vai além da escolha do regime fiscal. Ele envolve a análise detalhada do modelo de negócio da clínica, projeções de faturamento, despesas fixas e variáveis e até o enquadramento jurídico da empresa (LTDA, Sociedade Simples, etc.).
Uma estratégia bastante utilizada é a separação entre pessoa física e pessoa jurídica.
Enquanto o médico ou dentista pessoa física é tributado de forma progressiva pelo Imposto de Renda, a abertura de uma pessoa jurídica permite acessar regimes mais vantajosos e pagar alíquotas menores. Segundo a Receita Federal (2023), clínicas que optaram por atuar via CNPJ tiveram em média uma redução de 15% a 20% na carga tributária em comparação à tributação exclusiva como pessoa física.
Outro ponto crucial é a gestão de despesas dedutíveis. Custos com equipamentos, aluguel, folha de pagamento e insumos podem ser contabilizados de forma estratégica, reduzindo a base de cálculo dos impostos. Além disso, clínicas que investem em inovação e tecnologia podem se beneficiar de incentivos fiscais específicos, algo ainda pouco explorado por profissionais da saúde.
3. Exemplos práticos e erros comuns no planejamento tributário de clínicas recém-abertas
Imagine um consultório odontológico recém-inaugurado que optou pelo Lucro Presumido sem avaliar corretamente suas projeções. O resultado foi uma carga tributária 30% maior do que se tivesse escolhido o Simples Nacional. Esse tipo de erro comprometeu o fluxo de caixa e dificultou investimentos em marketing e equipamentos.
Já no caso de uma clínica médica de médio porte em Belo Horizonte, a adoção do Simples Nacional, somada a um controle rigoroso das despesas dedutíveis, permitiu uma economia de R$ 180 mil em três anos. Esse valor foi reinvestido em novos serviços, como exames de imagem, ampliando o faturamento em 25%.
Os erros mais comuns cometidos por clínicas recém-abertas incluem: não consultar especialistas antes de definir o regime tributário, não registrar corretamente despesas operacionais, misturar contas pessoais e empresariais e atrasar obrigações fiscais. Todos esses pontos poderiam ser evitados com um planejamento tributário estruturado desde o início.
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