Você sabia que um dos principais motivos da falência de consultórios e clínicas odontológicas é ausência de um acordo de sócios bem definido e elaborado.
Não é a falta de pacientes, a qualidade do serviço ou a baixa produtividade. Dinheiro. Ou a má gestão do dinheiro gerado é o fator primordial para muitas clínicas falirem.
Você certamente não quer fazer parte dessa estatística, certo? Pois saiba, que um dos principais motivos de uma clínica falir é confusão entre como distribuir o dinheiro gerado na clínica entre os sócios.
Todos os sócios devem ganhar igual, certo? Errado!
Nós mais de 20 anos de consultoria para dentistas e médicos da Senior Marketing já encontramos casos de clínicas que giram bastante dinheiro durante o mês, que tem muito potencial, mas que se perdem em disputas internas de poder intermináveis.
Para ajudar a comunidade que segue o nosso blog resolvemos publicar esse artigo e te passar algumas dicas sobre como fazer o pagamento de sócios dentro de uma clínica médica ou odontológica.
Comece separando as contas. Se a clínica tem 5 sócios deve haver uma conta bancária pessoa física para cada um deles e uma única conta pessoa jurídica em nome da empresa.
A movimentação de dinheiro (depósitos, saques, transferências, etc.) deve ser feita separadamente e cada atividade registrada em um sistema de controle financeiro da clinica.
Tenha um pró-labore para cada sócio da clínica
Entenda, sócio que trabalha na clínica tem um salário, o chamado pro-labore. Se ele só investe na clínica tem uma retirada sobre os lucros.
Se investiu na clínica e trabalha, deve ter os dois: Salário e retirada proporcional ao lucro que gera.
É muito comum encontrarmos clinicas familiares, onde um dos sócios tem uma retirada mensal menor do que o outro.
Isso não pode ser encarado como um problema, desde que esteja tudo combinado, de preferência em um contrato social.
Vejamos uma situação muito comum de acontecer.
Dois sócios de uma clínica odontológica, um clínico geral e um implantodontista. Ambos investiram R$ 50.000,00 para montar a clínica.
Ambos tem um pro-labore mensal de R$ 3.000,00. O clínica geral gera um faturamento mensal bruto de R$ 30.000,00 e por isso recebe seus 50% sobre o lucro. O implantodontista produz um faturamento mensal bruto de R$ 80.000,00.
Existe uma clara diferença entre o faturamento produzido pelo clinico geral e o valor produzido pelo implantodontista.
Fica obvio aqui que o implantodontista do exemplo produz "mais riqueza" para a clínica do que o clínico geral. Isso não acontece por diferença de qualidade no serviço, mas por conta da natureza dos serviços prestados.
Como resolver essa diferença de valores entre sócios? É uma situação que tende a gerar problemas, porque ambos os sócios investiram o mesmo valor na empresa, porém geram riqueza de formas diferentes. Como igualar os ganhos de ambos os sócios?
Veja, esse é o grande equivoco cometido por sócios que agregam valores diferentes a empresa. Eles pensam que todo mundo na sociedade deve ganhar de forma igualitária. Não devem. Todos devem ganhar proporcionalmente ao que investiram e a riqueza que produzem.
Todos tem que ter um pro-labore igual, mas o lucro tem que ser distribuído levando-se em conta dois fatores: Total investido na empresa + geração de riqueza.
Esse é o principio básico da meritocracia. Quem gera mais riqueza deve ganhar mais. Quer ver outro princípio básico de economia, na prática: Quem investe mais tem direito de receber mais.
Ou seja, para que o sócio clínico geral ganhe mais dinheiro nessa sociedade, ou ele aumenta o seu investimento na empresa, ou aumenta o seu percentual de geração de riqueza, que pode ser através de mais trabalho técnico e/ou administrativo. Simples assim.
Existe mil situações diferentes que tornam difícil uma solução padrão. Por exemplo, como remunerar o clínico geral para cada paciente enviado para o implantodontista? Quanto vale a geração de riqueza produzida por um dos sócios que gerenciam a clínica e tocam toda a parte burocrática? Como valorar o valor da marca que está sendo construída por ambos os sócios?
A resposta para essas e outras mil situações que podem surgir está no contrato social, ou pelo menos deveria estar.
Lembre do ditado de sabedoria popular: "Tudo que não está implicitamente escrito, está explicitamente excluído".
Lembrando, o percentual dos sócios sobre lucro é sempre sobre o lucro líquido, nunca sobre o bruto. Ou seja, se o implantodontista do exemplo gera 80k mensais de faturamento, mas o lucro líquido é de 60k, será sobre esse último que serão aplicados os seus percentuais de rentabilidade e remuneração.
É por isso que nós recomendamos a clínicas que tem muitos sócios, redes de clínicas, clínicas com gestão familiar a procurarem a ajuda de uma consultoria de gestão para médicos e dentistas especializada.
Se quiser mais informações sobre como podemos ajuda-ló a organizar a divisão societária da sua clinica, entre em contato e fale com um de nossos especialistas em gestão de clínicas.
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