Vale a Pena Investir em Influenciadores Digitais para Atrair Pacientes?
- Admin
- há 2 dias
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Descubra os prós e contras dessa estratégia de marketing para clínicas de saúde
Introdução
O marketing digital na área da saúde está em constante evolução, e uma das estratégias que mais gera curiosidade entre gestores de clínicas médicas e odontológicas é o uso de influenciadores digitais. Em setores como moda, gastronomia e tecnologia, os influenciadores já se consolidaram como fortes aliados na construção de marcas e na atração de clientes. Mas será que o mesmo vale para o segmento da saúde?
Atrair pacientes envolve um conjunto de fatores mais complexos do que simplesmente divulgar um serviço. Além das normas regulatórias dos conselhos profissionais, é necessário avaliar a credibilidade do influenciador, o público que ele alcança e os resultados reais que essa parceria pode gerar. De acordo com pesquisa da Influencer Marketing Hub (2023), empresas que utilizam influenciadores alcançam em média 11 vezes mais retorno em visibilidade do que ações tradicionais de mídia paga. Porém, quando falamos de saúde, existem riscos e limitações que precisam ser analisados com cautela.
Neste artigo, vamos explorar os prós e contras de investir em influenciadores digitais para clínicas, apresentando exemplos práticos, estatísticas de mercado e pontos de atenção que podem ajudar você a decidir se essa estratégia é adequada para o seu negócio.
Os Benefícios de Trabalhar com Influenciadores Digitais
A principal vantagem de investir em influenciadores digitais é o aumento da visibilidade da clínica. Influenciadores que possuem credibilidade e autoridade em nichos relacionados à saúde, estética ou bem-estar conseguem apresentar sua clínica para milhares de seguidores de forma rápida e segmentada. Isso pode acelerar o reconhecimento da marca e aumentar a procura por serviços especializados.
Um exemplo prático vem de clínicas odontológicas que investiram em microinfluenciadores locais. De acordo com dados da Statista (2023), microinfluenciadores (até 100 mil seguidores) apresentam taxas de engajamento 60% maiores que grandes celebridades. Isso significa que, mesmo com um público menor, o impacto pode ser mais direto, especialmente quando o foco é a comunidade local em que a clínica atua.
Outro ponto positivo é a construção de confiança. Pacientes em potencial tendem a se sentir mais seguros ao verem alguém em quem confiam indicando determinado serviço de saúde. Esse efeito é conhecido como “prova social” e pode reduzir barreiras de objeção no momento da decisão. Além disso, campanhas digitais bem direcionadas com influenciadores podem reforçar a imagem da clínica como moderna e conectada com tendências.
Os Riscos e Limitações do Uso de Influenciadores
Apesar das vantagens, é preciso cautela. No setor da saúde, a publicidade possui regras específicas estabelecidas por órgãos como o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Federal de Odontologia (CFO). Isso significa que divulgar resultados antes e depois, prometer curas ou utilizar linguagem sensacionalista pode gerar multas e até processos éticos. Ao trabalhar com influenciadores, o risco de ultrapassar esses limites aumenta, caso não haja um alinhamento rigoroso do conteúdo.
Outro desafio está na escolha do influenciador certo. Se o público dele não tiver relação com o perfil de pacientes que a clínica deseja atrair, o investimento pode se tornar ineficaz. Por exemplo, um influenciador de lifestyle voltado para moda pode não ter impacto relevante na captação de pacientes para uma clínica de cardiologia. Segundo pesquisa da Nielsen (2022), 67% das campanhas com influenciadores falham quando não há alinhamento de público-alvo.
Também há o risco de associar a marca a polêmicas pessoais. Caso o influenciador envolva-se em situações negativas, a reputação da clínica pode ser prejudicada. Esse é um risco elevado em um setor em que credibilidade e confiança são essenciais para a decisão do paciente.
Como Decidir se Vale a Pena para Sua Clínica
A decisão de investir ou não em influenciadores deve ser baseada em estratégia e métricas claras. O primeiro passo é definir objetivos: aumentar seguidores? gerar mais agendamentos? fortalecer a marca? A partir disso, pode-se escolher o tipo de influenciador (macro, micro ou nano) que melhor se encaixa no orçamento e no público da clínica.
Uma boa prática é começar com parcerias de baixo custo com microinfluenciadores locais, testando resultados antes de escalar o investimento. É fundamental também criar contratos claros, que estabeleçam as responsabilidades do influenciador quanto às normas éticas da saúde. Além disso, o acompanhamento de métricas como custo por lead, taxa de conversão e ROI da campanha é indispensável para avaliar se o investimento realmente trouxe retorno.
Exemplo real: uma clínica de dermatologia em Belo Horizonte iniciou parcerias com três microinfluenciadores locais, investindo em torno de R$ 3.000 no total. Em dois meses, o número de consultas particulares aumentou em 22%, com custo de aquisição de paciente inferior ao registrado em campanhas de mídia paga no mesmo período.
Conclusão
Investir em influenciadores digitais pode ser uma estratégia eficaz para clínicas médicas e odontológicas, mas exige planejamento, escolha criteriosa e alinhamento com normas regulatórias. Os benefícios de visibilidade, construção de confiança e engajamento são inegáveis, mas os riscos de má associação e descumprimento ético também são significativos.
Em resumo, vale a pena investir em influenciadores digitais se houver estratégia clara, seleção adequada e monitoramento de resultados. A clínica que adota essa prática com responsabilidade pode conquistar pacientes de forma moderna e eficaz, sem comprometer sua reputação.
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