Quem Cuida do Financeiro da Sua Clínica: Você, o Acaso ou a Secretária?
- Admin

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Descubra por que o descontrole financeiro é um dos maiores vilões da lucratividade nas clínicas de saúde — e como assumir o comando, mesmo sem ser especialista em finanças.
Introdução
A maioria dos profissionais de saúde é treinada para cuidar de pessoas, não de números. No entanto, quando assumem uma clínica própria, se tornam também empresários — mesmo que relutem em aceitar isso. E é justamente nesse ponto que muitos tropeçam: deixam a gestão financeira nas mãos da sorte, da secretária ou de um contador que aparece uma vez por mês. O resultado? Clínicas que faturam, mas não lucram. Empreendedores exaustos, mas no vermelho.
O erro de terceirizar completamente a visão financeira
É natural que o profissional de saúde delegue rotinas operacionais como agendamento, faturamento e emissão de boletos. Mas delegar sem acompanhar é perigoso. Quando o dono da clínica não olha para o fluxo de caixa, não entende o Demonstrativo de Resultados (DRE), e não sabe quanto custa ou lucra com cada serviço oferecido, ele se torna refém do próprio negócio.
Exemplo real:Uma clínica odontológica com faturamento mensal de R$ 120 mil parecia ir bem, até que o proprietário descobriu que pagava R$ 18 mil por mês em comissões que ultrapassavam a margem dos serviços, além de R$ 6 mil em inadimplência crônica. O contador registrava os lançamentos corretamente, mas ninguém os analisava com visão de gestão. A clínica faturava muito — mas não sobrava nada.
Financeiro não é um monstro: é um painel de controle
Mesmo quem não tem formação em contabilidade ou administração pode (e deve) começar pelo básico. Criar um painel de indicadores simples, com atualização mensal, é suficiente para tomar decisões melhores e evitar armadilhas comuns. Veja os indicadores mínimos recomendados:
Faturamento total mensal
Inadimplência acumulada (R$ e %)
Lucro líquido (R$ e %)
Custo fixo total e % sobre a receita
Margem de contribuição por serviço ou especialidade
Fluxo de caixa previsto para os próximos 60 dias
Esses dados podem ser acompanhados em uma planilha simples, com apoio do contador ou de um gestor financeiro, e revisados pelo próprio dono da clínica. O mais importante é criar o hábito de olhar para os números com regularidade e clareza.
O perigo de crescer sem controle
Crescer o faturamento sem controle financeiro é como acelerar um carro em alta velocidade sem verificar o freio. Muitos negócios quebram por falta de capital de giro, desorganização tributária ou decisões erradas de precificação.
Segundo dados do SEBRAE, cerca de 60% das clínicas que fecham nos primeiros cinco anos apresentam problemas crônicos de gestão financeira, e mais de 80% dos donos afirmam não entender com clareza sua DRE mensal.
Dica prática:
Se você ainda não controla nada, comece por um passo simples: levante todas as receitas e despesas dos últimos três meses. Faça uma análise de onde está entrando mais dinheiro, onde ele está saindo e o que pode ser reduzido ou renegociado. A clareza é o primeiro passo para o lucro.
Conclusão
Não saber de finanças não é o problema. Permanecer ignorando os números, sim. O profissional de saúde que deseja prosperar precisa vencer o medo dos relatórios e assumir o papel de líder estratégico. Isso não significa fazer tudo sozinho — mas significa entender o que está acontecendo com seu dinheiro antes que seja tarde demais. Porque nenhuma clínica é saudável se o dono vive no escuro financeiro.
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