Por Que Não Faz o Menor Sentido Falar Preço de Tratamento por Telefone e Como Demonstrar Isso para o Paciente
- Admin
- 23 de mai.
- 3 min de leitura

Entenda por que informar o valor de tratamentos sem avaliação clínica pode prejudicar sua imagem profissional — e como conduzir a conversa de forma ética e estratégica.
“Quanto custa um tratamento XYZ aí?” É uma pergunta comum, especialmente via telefone ou WhatsApp. Embora pareça inofensiva, essa abordagem pode ser perigosa para a clínica e injusta com o paciente. Informar preços sem diagnóstico é como passar uma receita sem examinar o paciente — soa apressado, genérico e pouco profissional. Neste artigo, vamos explicar por que isso não faz sentido e como orientar o paciente de maneira acolhedora e estratégica.
Por Que Evitar Falar de Preço por Telefone?
Falar o preço de um tratamento sem avaliar a real necessidade clínica do paciente é um erro por vários motivos:
Cada caso é único. Uma mesma queixa pode ter causas, gravidades e abordagens diferentes.
Preço sem contexto desvaloriza o serviço. Reduz o tratamento a um produto genérico.
Cria expectativas irreais. O paciente pode se sentir enganado ao chegar na consulta e descobrir que o valor será outro.
Compromete a imagem da clínica. Demonstra falta de critério clínico e foco excessivo em vendas.
É proibido pela maioria dos conselhos de classe.
Exemplo prático: Dois pacientes ligam perguntando o valor de uma “limpeza dentária”. Um tem tártaro leve e outro precisa de raspagem periodontal. Se ambos receberem o mesmo preço, um sairá frustrado e o outro representará prejuízo para a clínica.
Como Explicar Isso para o Paciente
O segredo está na comunicação empática e profissional. O paciente precisa se sentir respeitado e entender que você se preocupa com o diagnóstico correto antes de falar em preço.
Exemplo de resposta para WhatsApp ou telefone:
“Olá! Cada tratamento é personalizado e o valor depende da avaliação do seu caso. Por isso, agendamos uma consulta com o profissional, que vai entender sua necessidade e explicar todas as opções. Assim, você recebe uma proposta justa, segura e baseada no seu quadro clínico.”
Esse tipo de abordagem reforça o compromisso com a saúde, e não com a venda.
Atendimento Estratégico: Mostre Valor Antes de Falar em Preço
Uma das formas mais eficazes de lidar com esse tipo de solicitação é reposicionar o atendimento da recepção ou do CRC. Em vez de agir como “orçamentista”, o profissional deve:
Reforçar os diferenciais da clínica (tecnologia, equipe, biossegurança).
Mostrar que o atendimento é individualizado e ético.
Oferecer uma avaliação com valor acessível ou gratuita, se for parte da estratégia.
Dica prática:
Treine sua equipe para transformar a pergunta “quanto custa?” em uma oportunidade de encantamento e agendamento.
Quando Falar de Preço Pode Ser Válido?
Em alguns casos, pode-se informar valores iniciais ou estimativas, sempre com clareza de que se trata de uma média e que o valor final depende da avaliação. Use expressões como “a partir de”, “em média” ou “variando conforme o caso”.
Exemplo:
“Nossos tratamentos clareadores começam a partir de R$ 950, mas para passar o orçamento exato, é necessário que o dentista avalie qual técnica é mais indicada para o seu caso.”
Conclusão
Falar de preço por telefone pode parecer um atalho, mas na verdade é uma armadilha. Coloca em risco a percepção de valor, compromete a confiança do paciente e reduz a qualidade do relacionamento. O caminho certo é educar o paciente sobre a importância da avaliação presencial, oferecer atendimento acolhedor e reforçar a personalização do cuidado. Isso não apenas melhora a taxa de conversão, como fortalece a imagem da clínica como uma instituição ética e profissional.
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