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O Ladrão Silencioso do Lucro: Como as Glosas Estão Tirando Dinheiro da Sua Clínica

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O Ladrão Silencioso do Lucro: Como as Glosas Estão Tirando Dinheiro da Sua Clínica
O Ladrão Silencioso do Lucro: Como as Glosas Estão Tirando Dinheiro da Sua Clínica

Por que as glosas estão corroendo sua margem de lucro — e como recuperar o que já deveria ser seu


1. Entendendo o impacto real das glosas na rentabilidade da clínica


As glosas são responsáveis por uma perda financeira significativa na maioria das clínicas médicas e odontológicas que atendem convênios. Embora pareçam um “custo invisível”, dados de operadoras de saúde e auditorias independentes apontam que entre 5% e 12% das faturas enviadas por clínicas sofrem algum tipo de glosa, seja parcial ou total. Para uma clínica que fatura R$ 300 mil por mês, isso representa até R$ 36 mil mensais jogados fora – valor suficiente para contratar profissionais, investir em equipamentos ou ampliar a estrutura.


Além do impacto financeiro direto, as glosas trazem prejuízos operacionais importantes. Cada divergência abre uma cadeia de retrabalho que envolve equipe administrativa, faturamento, TI e até os profissionais assistenciais. Isso aumenta custos internos, gera atrasos nos ciclos de recebimento e prejudica a previsibilidade do fluxo de caixa — algo crítico em negócios de saúde que dependem de alto capital de giro.


O mais preocupante é que muitas clínicas já se acostumaram a conviver com as glosas como se fossem “parte do jogo”. Esse conformismo cria um ciclo silencioso de desperdício que compromete margens, reduz competitividade e limita investimentos estratégicos. Quando acumuladas por 12 meses, glosas podem representar a perda equivalente ao faturamento de 1 a 2 meses inteiros. Ignorar esse vazamento financeiro é entregar lucro para a mesa do convênio.


Exemplo prático:Uma clínica de radiologia que fatura R$ 450 mil mensais descobriu, em auditoria, que acumulava R$ 280 mil em glosas não recorridas no período de um ano. Após padronizar processos e revisar TUSS e CBHPM, conseguiu reduzir o índice de glosa de 9% para 3%, recuperando R$ 27 mil por mês.


2. As causas ocultas das glosas — e por que elas continuam acontecendo


Glosas não são fruto do acaso. Elas acontecem por uma combinação de falhas humanas, divergências técnicas, falta de padronização e interpretações diferentes entre clínica e operadora. Entre as causas mais comuns estão: erros de lançamento, codificação incorreta, ausência de documentos obrigatórios, divergências entre guia e prontuário, uso inadequado da TUSS/CBHPM e protocolos clínicos incompatíveis com os critérios da operadora.


Uma estatística amplamente registrada em auditorias clínicas mostra que 68% das glosas ocorrem por motivos administrativos, e não por contestação médica. Isso significa que a maior parte do prejuízo financeiro não está relacionada a questões assistenciais, mas ao processo interno da clínica — especialmente ao fluxo entre atendimento, prontuário, faturamento e autorização.


Outro fator é a ausência de um processo integrado de faturamento com auditoria interna. Mesmo clínicas com grande volume de procedimentos deixam de conferir guias, validar códigos ou checar anexos obrigatórios. Operadoras, por sua vez, possuem equipes robustas de auditoria com sistemas automatizados capazes de identificar qualquer divergência mínima. Essa assimetria tecnológica coloca clínicas em desvantagem e aumenta a probabilidade de glosas silenciosas e recorrentes.


Exemplo prático:Uma clínica de oftalmologia de médio porte realizava cerca de 1.200 consultas mensais. Ao revisar seu fluxo, identificou que 42% das glosas vinham de guias incompletas, especialmente por falta de assinatura digital ou código complementar. Uma simples padronização reduziu o índice de glosas administrativas em 70%.


3. Como combater as glosas e recuperar dinheiro perdido: estratégias práticas e eficazes


Reduzir glosas exige método, tecnologia e disciplina operacional. O primeiro passo é implementar auditoria interna de faturamento, revisando todas as guias antes do envio. Isso inclui conferir códigos, documentos anexos, autorizações, materiais utilizados e compatibilidade entre prontuário e guia TISS. Quanto mais forte esse controle, menor o índice de divergências.


Outra estratégia essencial é a padronização. Clínicas que utilizam manuais de faturamento, protocolos assistenciais claros, lista padronizada de códigos TUSS, checklists internos e treinamento contínuo da equipe conseguem reduzir glosas em até 50% em apenas três meses. A integração entre recepção, enfermagem, médicos e faturamento também reduz falhas de comunicação, uma das grandes responsáveis por devoluções.


A tecnologia é indispensável. Sistemas como iClinic, SoulMV, ProDoctor e outros ERPs médicos oferecem ferramentas para validação automática de dados, leitura de regras de convênios, integração com TISS e relatórios detalhados de glosas. A adoção de indicadores financeiros — como Índice de Glosa por Operadora, Tempo Médio de Recebimento, Taxa de Recuperação e Glosa per capita — permite gestão baseada em dados, não em suposições.


Exemplo prático:

Após mapear seus processos, uma clínica de fisioterapia com alto volume implantou um módulo de faturamento integrado com TISS e relatórios de auditoria. Em 6 meses, reduziu glosas de R$ 22 mil para R$ 6 mil mensais e renegociou regras com duas operadoras, aumentando sua previsibilidade de fluxo de caixa.


Conclusão: glosas são evitáveis — e combatê-las é uma das ações mais rentáveis que sua clínica pode fazer


As glosas são um dos maiores “ladrões invisíveis” de lucratividade das clínicas. Elas corroem margens, reduzem previsibilidade financeira e impedem que a empresa cresça com segurança. No entanto, não são inevitáveis: clínicas que adotam padronização, auditoria interna, integração de equipes e tecnologia conseguem recuperar até 80% das glosas passíveis de recurso e reduzir drasticamente o desperdício financeiro.


Controlar glosas não é apenas uma tarefa administrativa; é uma estratégia de gestão financeira que diferencia clínicas eficientes das que vivem no limite do caixa. Ao transformar o processo de faturamento em uma área estruturada, analítica e bem treinada, sua clínica protege sua saúde financeira e recupera valores que já deveriam estar no seu saldo bancário — não no da operadora.


Para mais informações sobre nosso trabalho e como podemos ajudar sua clínica ou consultório, entre em contato!


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