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Endividamento em Clínicas: Como Identificar a Raiz do Problema e Criar um Plano de Recuperação Sustentável

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    Admin
  • 12 de jun.
  • 3 min de leitura

Endividamento em Clínicas: Como Identificar a Raiz do Problema e Criar um Plano de Recuperação Sustentável
Endividamento em Clínicas: Como Identificar a Raiz do Problema e Criar um Plano de Recuperação Sustentável

Um guia técnico e estratégico para gestores de clínicas médicas e odontológicas superarem a crise financeira com base em diagnóstico profundo e reestruturação realista.


O endividamento em clínicas de saúde é mais comum do que se imagina — e, muitas vezes, é silencioso. A inadimplência cresce, o capital de giro desaparece, os repasses atrasam e, quando o alerta vermelho aparece, já se perdeu o controle da situação. Neste artigo, vamos além das soluções paliativas e mostramos como identificar a raiz do problema financeiro e construir um plano de recuperação sustentável, com base em um diagnóstico estruturado e estratégias práticas de reestruturação.


1. A falsa sensação de lucro: a clínica fatura, mas não sobra dinheiro


É frequente encontrar clínicas que faturam acima de R$ 100 mil por mês, mas operam no vermelho. Isso ocorre quando os gestores se baseiam apenas em entradas e saídas do extrato bancário, ignorando o Demonstrativo de Resultados (DRE). Sem controle de custos fixos, variáveis e compromissos futuros, qualquer aumento nas despesas ou queda no fluxo de caixa pode gerar efeito dominó.


Exemplo prático:

Uma clínica odontológica com receita mensal de R$ 120 mil apresentou prejuízo de R$ 15 mil por mês ao longo de 8 meses, mesmo com movimento cheio. O problema? Altos custos com comissões desproporcionais, parcelamentos longos sem juros e falta de política de cobrança.


2. Diagnóstico financeiro: o ponto de partida para a virada


Antes de tomar decisões como demitir, cortar marketing ou renegociar dívidas, é preciso entender o que está levando a clínica ao desequilíbrio. Um diagnóstico completo inclui:


  • Análise do DRE (Receitas, Custos, Despesas, Lucro/Prejuízo)

  • Levantamento de dívidas: valor, juros, prazo e credor

  • Identificação do ponto de equilíbrio e margem de contribuição

  • Avaliação do fluxo de caixa projetado

  • Verificação da precificação dos serviços


Esse mapeamento permite separar os sintomas (dívida) das causas (gestão ineficiente, baixa rentabilidade, inadimplência, etc).


3. As principais causas do endividamento em clínicas


  • Precificação abaixo do custo real do serviço

  • Alto índice de inadimplência de pacientes e convênios

  • Folha de pagamento desproporcional à receita

  • Campanhas de marketing que não convertem

  • Falta de controle sobre parcelamentos e prazos médios de recebimento

  • Má negociação com fornecedores e prestadores


Dado de mercado:

Segundo levantamento da Senior Consultoria, 62% das clínicas com endividamento acima de R$ 200 mil não possuem controle efetivo do custo de cada serviço oferecido.


4. Criando um plano de recuperação financeira sustentável


Após o diagnóstico, é hora de agir. Um plano eficiente deve contemplar:


  • Renegociação de dívidas: Priorize credores com juros altos e tente alongar prazos sem comprometer o fluxo de caixa.

  • Revisão de preços e pacotes: Recalcule a precificação com base em custo real + margem ideal.

  • Reestruturação de despesas: Avalie corte de desperdícios, renegociação de aluguéis, contratos de serviços e terceirizações.

  • Recuperação de créditos: Crie uma régua de cobrança para inadimplentes, com uso de canais digitais e profissionais especializados.

  • Captação de novos pacientes com foco em lucratividade: Aumentar receita sem planejamento pode ampliar o problema. Prefira atrair pacientes de maior ticket médio e baixa inadimplência.

  • Gestão financeira semanal: Implante um sistema de controle e acompanhe semanalmente os indicadores financeiros.


5. O papel da consultoria externa e da contabilidade especializada


Contar com apoio profissional pode acelerar a virada. Consultorias especializadas em gestão de clínicas oferecem análises de viabilidade, reestruturação de processos e acompanhamento estratégico. Já o contador deve ser parceiro na gestão orçamentária, entregando relatórios claros e orientando sobre regime tributário e controle de despesas.


Conclusão


Endividamento não é o fim da linha — é um sinal de que a clínica precisa parar, refletir e mudar a rota. Identificar as causas com profundidade e implantar um plano realista de recuperação é o caminho mais seguro para sair do vermelho. Com disciplina, visão estratégica e apoio técnico, é possível restaurar a saúde financeira da clínica e retomar o crescimento de forma sólida.


Para mais informações sobre nosso trabalho e como podemos ajudar sua clínica ou consultório, entre em contato!


Senior Consultoria em Gestão e Marketing

Referência em gestão de empresas do setor de saúde

+55 11 3254-7451




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