Crescer e Não Lucrar? 5 Erros de Gestão Que Transformam o Sucesso em Ilusão Financeira
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Como clínicas e empresas de saúde aumentam o faturamento, mas perdem lucratividade por falhas simples de gestão
Introdução — Quando crescer não significa prosperar
O crescimento financeiro de uma clínica ou empresa de saúde pode ser uma armadilha. Muitas vezes, o faturamento sobe, os atendimentos aumentam e a agenda fica lotada, mas o lucro não acompanha o ritmo. Isso acontece porque crescer sem gestão é como acelerar sem direção — parece avanço, mas pode levar ao colapso.
Em um mercado competitivo e de margens apertadas, a falta de controle sobre custos, precificação e indicadores transforma o crescimento em uma ilusão. Segundo a Senior Consultoria (2024), 62% das clínicas que aumentam o faturamento não conseguem expandir o lucro líquido, justamente por não ajustarem processos e controles internos.
Exemplo: Uma clínica odontológica em Belo Horizonte viu seu faturamento crescer 45% em um ano, mas o lucro caiu 12%. A causa? Custos administrativos e desperdício de materiais que não eram acompanhados.
Dica prática: antes de comemorar o aumento de receita, avalie se sua margem de lucro também está crescendo. Se não estiver, há algo errado na gestão.
1. Falta de controle de custos — o vilão invisível da rentabilidade
O primeiro erro que corrói o lucro é a ausência de controle de custos detalhado. É comum ver clínicas com alto faturamento, mas que desconhecem quanto gastam com insumos, comissões, energia, impostos e desperdícios operacionais. Sem esse mapeamento, o gestor não sabe onde o dinheiro está escapando — e perde o poder de decisão.
Empresas de saúde lidam com custos variáveis (materiais, exames, insumos) e fixos (salários, aluguel, marketing). O problema é que, quando o volume de atendimentos aumenta, os custos também sobem — e, sem acompanhamento, eles crescem mais rápido do que a receita.
De acordo com o IBGE (2023), apenas 37% das pequenas empresas brasileiras realizam controle de custos estruturado, e entre clínicas médicas e odontológicas essa taxa é ainda menor. Isso explica por que tantas operações financeiramente saudáveis no papel acabam com caixa negativo.
Exemplo: Uma clínica dermatológica de São Paulo reduziu seus custos fixos em 22% ao revisar contratos com fornecedores e implementar relatórios mensais de despesas. O lucro líquido subiu 31% sem aumento de faturamento.
Dica prática: monitore mensalmente seus custos fixos e variáveis e crie metas de redução progressiva. Pequenos ajustes geram grandes resultados.
2. Precificação incorreta — vender muito e lucrar pouco
Outro erro comum é precificar de forma intuitiva, e não estratégica. Muitos profissionais definem valores com base na concorrência, sem considerar custos, margem e valor percebido pelo paciente. Isso faz com que cada venda, em vez de gerar lucro, gere apenas movimentação financeira.
A precificação correta deve levar em conta custos diretos (materiais, impostos, hora de trabalho) e indiretos (estrutura, marketing, equipe de apoio). Sem isso, a clínica pode estar vendendo serviços com margem negativa.
Segundo pesquisa da Senior Consultoria (2024), clínicas que revisam a precificação a cada seis meses têm aumento médio de 28% no lucro líquido anual. Isso porque a correção de valores garante equilíbrio entre competitividade e rentabilidade.
Exemplo: Uma clínica de odontopediatria em Brasília descobriu que seu principal procedimento estava 18% abaixo do preço ideal. Após ajustar o valor e revisar pacotes, o lucro mensal cresceu em R$ 12 mil.
Dica prática: atualize seus preços considerando custo, valor percebido e mercado local. Uma boa precificação é o ponto de partida para lucrar mais, não apenas faturar mais.
3. Crescimento desordenado — aumentar sem planejar é arriscado
Crescer exige estrutura, processos e pessoas treinadas. Muitas clínicas expandem sem planejamento: contratam mais funcionários, aumentam o espaço físico e investem em novos equipamentos sem calcular o impacto financeiro. O resultado é um aumento de despesas fixas sem o devido retorno.
Um crescimento saudável deve vir acompanhado de planejamento financeiro, projeção de fluxo de caixa e metas de lucratividade. Sem isso, a operação perde eficiência e o lucro desaparece.
Segundo o Sebrae (2024), 48% das empresas que ampliam suas operações sem planejamento enfrentam problemas de caixa nos primeiros 12 meses pós-expansão.
Isso reforça a importância de crescer com métricas e não apenas com intuição.
Exemplo: Uma clínica de fisioterapia expandiu para uma segunda unidade sem projeção financeira e viu seus custos dobrarem em três meses. Após reestruturar processos e revisar o quadro de pessoal, estabilizou o fluxo de caixa e retomou o lucro.
Dica prática: antes de expandir, simule cenários financeiros. Calcule se o novo faturamento cobrirá os custos adicionais e mantenha uma reserva de segurança equivalente a três meses de operação.
4. Falta de indicadores financeiros — gestão sem números é gestão às cegas
Gestores que não acompanham indicadores trabalham por instinto, e isso é perigoso. Sem métricas financeiras, não há como medir eficiência nem prever resultados.
Os principais indicadores que toda clínica deve monitorar são: margem de contribuição, ticket médio, custo por paciente, inadimplência, ponto de equilíbrio e ROI de marketing. Esses números mostram se o negócio está crescendo com saúde financeira ou apenas com volume.
De acordo com o Health Management Report (2023), empresas de saúde que analisam KPIs mensalmente têm 33% mais chances de manter lucro estável durante períodos de oscilação de mercado.
Exemplo: Um centro oftalmológico começou a acompanhar sua margem de contribuição por especialidade e descobriu que 60% dos lucros vinham de apenas dois tipos de procedimentos. Isso permitiu ajustar o foco comercial e dobrar a rentabilidade anual.
Dica prática: crie um painel de indicadores financeiros e revise-os a cada 30 dias. O que é medido pode ser melhorado — o que não é medido, se perde.
5. Falta de mentalidade empresarial — a visão técnica sem visão de negócio
Muitos profissionais da saúde são excelentes tecnicamente, mas não assumem o papel de gestores e estrategistas. A clínica é tratada como extensão do consultório, e não como uma empresa com metas, planejamento e estrutura.
Sem mentalidade empresarial, as decisões financeiras são tomadas de forma emocional e imediatista. Falta rotina de acompanhamento de resultados, orçamento anual e disciplina para reinvestir lucros.
Segundo a Senior Consultoria, clínicas com gestão profissionalizada e mentalidade empresarial têm rentabilidade média 47% maior que aquelas que operam de forma informal. Isso porque enxergam o negócio como um organismo com processos, metas e indicadores.
Exemplo: Uma clínica de múltiplas especialidades em Goiânia contratou um gestor financeiro e criou reuniões mensais de análise. Em seis meses, passou de R$ 80 mil para R$ 122 mil de lucro líquido mensal, sem aumentar o número de atendimentos.
Dica prática: trate sua clínica como uma empresa: tenha metas financeiras, planejamento de fluxo de caixa, plano de marketing e indicadores de performance.
Conclusão — Crescimento saudável é o que gera lucro, não apenas faturamento
Faturar mais não significa ganhar mais. O verdadeiro sucesso empresarial está na capacidade de gerar lucro sustentável, manter previsibilidade e investir com segurança. Clínicas e empresas de saúde que crescem com descontrole financeiro acabam trocando faturamento por estresse e prejuízo.
Crescer com gestão é crescer com propósito. É entender que cada real investido precisa gerar retorno, que cada atendimento deve contribuir para o resultado global, e que o lucro é o reflexo da eficiência — não apenas da quantidade de pacientes atendidos.
Exemplo: Empresas assessoradas pela Senior Consultoria que implantaram controle financeiro, revisão de preços e indicadores estratégicos aumentaram em média 36% o lucro líquido no primeiro ano, mesmo com faturamento estável.
Dica prática: se o faturamento está subindo, mas o lucro não, pare e reavalie. Crescimento sem gestão é ilusão. Crescimento com estratégia é prosperidade.
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